De acordo com os dados mais recentes, Portugal tem apresentado um crescente consumo de substâncias psicotrópicas, o que levanta preocupações entre especialistas da área. O país está entre os que registraram os maiores índices de consumo de zolpidem e ketamina na Europa, de acordo com relatório divulgado pelo INCB.
Embora países como Uruguai e Portugal liderem o consumo de zolpidem, o relatório aponta que, em geral, a Europa apresentou um consumo “significativamente mais alto” de zolpidem em comparação com outras regiões. Essa substância, juntamente com diazepam e fenobarbital, é uma das mais comercializadas sob controle internacional, conforme destaca a organização.
A preocupação se estende também ao aumento do consumo não médico de ketamina. Os maiores registros dessa substância foram observados em cidades de Portugal, Espanha, Itália e Dinamarca. O relatório do INCB destaca que há sérias preocupações com as possíveis implicações na saúde pública decorrentes desse aumento do uso de ketamina.
Além disso, o relatório alerta para o aumento do número de pessoas em busca de tratamento por uso de substâncias em países como Bélgica, França, Itália e Espanha. Esse cenário reforça a necessidade de um monitoramento rigoroso do uso e do impacto na saúde pública.
Para enfrentar o tráfico de substâncias ilícitas, incluindo a ketamina, diversos países europeus, entre eles Portugal, participaram de uma operação coordenada pelo INCB. A ação teve como foco o combate à produção e à distribuição dessas substâncias, especialmente por meio de serviços postais e de courier.
Outro destaque alarmante é o alto consumo de cocaína em cidades do oeste e sul da Europa, especialmente em Portugal, Espanha, Bélgica e Holanda, de acordo com o relatório anual de águas residuais do EMCDDA. O uso de MDMA, popularmente conhecido como ecstasy, também foi apontado como preocupante nessas mesmas regiões.
O relatório do INCB ressalta ainda a “rápida emergência” de uma ampla gama de substâncias no mercado e um padrão cada vez mais complexo de uso de drogas. A falta de conhecimento sobre os riscos à saúde dessas novas drogas sintéticas representa um “desafio significativo” na prestação de tratamento e serviços para lidar com os efeitos negativos à saúde e às consequências sociais do uso dessas substâncias.
Diante desse panorama, o INCB faz críticas aos países europeus que continuam estabelecendo mercados regulamentados de cannabis para uso não médico, alertando que esses programas não estão em conformidade com as convenções de controle de drogas. Os especialistas afirmam que é necessário fornecer um maior apoio às autoridades de aplicação da lei e às autoridades de saúde no monitoramento da situação e na educação dos consumidores sobre os riscos à saúde do uso de múltiplas drogas.
FAQ – Consumo de Substâncias Psicotrópicas em Portugal
1. Quais são as substâncias psicotrópicas com maior consumo em Portugal?
De acordo com o relatório do INCB, Portugal registra um alto consumo de zolpidem e ketamina.
2. Como o consumo de zolpidem na Europa se compara com outras regiões?
O relatório aponta que a Europa apresenta um consumo “significativamente mais alto” de zolpidem em comparação com outras regiões.
3. Quais são as preocupações relacionadas ao uso não médico de ketamina?
O aumento do consumo não médico de ketamina em cidades de Portugal, Espanha, Itália e Dinamarca levanta sérias preocupações com as possíveis implicações na saúde pública.
4. Quais países europeus participaram de uma operação coordenada pelo INCB para combater o tráfico de substâncias ilícitas, incluindo a ketamina?
Diversos países europeus, incluindo Portugal, participaram dessa operação coordenada pelo INCB.
5. Quais são as regiões da Europa com alto consumo de cocaína e MDMA?
Segundo o relatório anual de águas residuais do EMCDDA, o consumo de cocaína é alto em cidades do oeste e sul da Europa, especialmente em Portugal, Espanha, Bélgica e Holanda. O uso de MDMA também é preocupante nessas regiões.
6. Quais são os desafios enfrentados na prestação de tratamento e serviços relacionados ao uso de drogas?
De acordo com o relatório do INCB, a “rápida emergência” de uma ampla gama de substâncias no mercado e o uso cada vez mais complexo de drogas representam um desafio significativo na prestação de tratamento e serviços para lidar com os efeitos negativos à saúde e às consequências sociais do uso dessas substâncias.
7. O que o INCB critica em relação aos países europeus?
O INCB critica os países europeus que estabelecem mercados regulamentados de cannabis para uso não médico, alertando que esses programas não estão em conformidade com as convenções de controle de drogas.
Links relacionados:
– INCB – Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes
– EMCDDA – Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência